quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Procura Incansável


Eu procuro por mim
Como quem desvenda um mistério
Procuro aonde andei; lugares que me revelem.
Mesmo as velhas cartas;
Releio; porventura elas me encontrem.

Por acaso me deparo na trilha da existência?
Quem me roubou de mim? Não sei!
Procuro pela minha essência


Na minha bagagem...
Me encontro vazia.
Não sei o que sou,
Só o que serei.

Ando pela cidade em noites chuvosas,
Como quem pede passagem.
E os que param eu desafio...

Eu, este pronome solitário
Que não sabe onde vai
E que surpreende os olhares apreensivos
Eles me julgam e eu não me calo.

Eu, eu mesma...
Misto de sonhos e cansaços.
Impaciente e imperfeita,
Provocante e contraditória,
Continuarei o meu percalço.

Será meu semblante no espelho?
Vejo a imagem alterada e disforme
Vejo um perfil destoante
Olho nesse olhar: incógnitas.
Olho nos olhos vermelhos.
Se me descubro, não me revelo.
Sou uma realidade insana...


(Deiga Luane)

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