♪♫♫Eis o melhor e o pior de mim/O meu termômetro, o meu quilate/Vem, cara, me retrate/Não é impossível/Eu não sou difícil de ler...♪♫♪♫
quinta-feira, 18 de março de 2010
É preciso não esquecer nada (Um pouco de Cecília...)
É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Cecília Meireles
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Amiga.
ResponderExcluirPenso que é preciso saber que pertencemos ao amor,
mesmo que o amor tenha nos machucado.
Que fazemos parte do bem,
mesmo quando o mal parece triunfar.
Que não somos donos da vida,
mas jardineiros da vida que sonhamos
para o mundo.
Que teu coração seja sempre casa de alegria.
Lindo poema, nunca devemos esquecer do amor, esquecermos umpouco de nós e lembrarmos das pessoas que nos cercam.
ResponderExcluirAbraços
Oi Deiga
ResponderExcluirGrande Cecília! Amo suas linhas... Nestas vejo a busca da forma, onde um peso tem que ser similar ao outro.
Bela escolha!
Bjuxxx e xerooo
Sem dúvida, há em Cecília a angústia dos poetas sonhadores.
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