terça-feira, 12 de janeiro de 2010

...Descrições...




Deixo a minha vida registrada:
Em papéis envelhecidos.
Não escrevo em prosa ou verso,
Meu estilo é indefinido.
Assim como a caligrafia,
Que a cada linha toma forma.
Cada palavra é um passo dado;
Se às vezes erro, eu apago,
E se passo a limpo a minha história...
Descubro que sou a negação
Das palavras que ousam sair de meus lábios.
E eu não as domo, não as domino.
Elas traçam um perfil inexistente.
O que é a vida se não for emoção?
Nada de domínio, nada de razão.
Sou o que sinto e está secreto.
Ás vezes sou mistério, outras eu me revelo.
Sem discrição, sem decência.
Sou tudo o que não vê.
Tudo o que não percebes...

(Deiga Luane)

3 comentários:

  1. Olá Deiga

    Primeiramente interessante a imagem ilustrando os seus versos.

    Também escrevo em sinal de desabafo, com linhas soltas, deixando somente as mãos seguindo a transparência da alma.

    Sua escrita é livre mesmo quando teima em não se rebelar.

    Obrigada por estar no Braille. Vou seguir seu cantinho também. Sempre que puder passarei aqui para deixar o meu carinho.

    Abraço

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